"um
dia, todos terão direito a 15 minutos de fama"
fazem uns 50 anos que a
maioria das pessoas corre por essa de Andy Warhol.
Um dia
todos terão seu quinhão, mas ele não será eterno.
Todos
olharão para você, até descobrir que os cadarços brilhantes estão em outros
pés. E esses pés serão algo realmente admirável até o próximo click do
relógio.
A luta por
atenção só encontra paralelo com
os limites da “zueira”.
Talvez uma
viva pela outra. No ímpeto pouco racional de se conseguir seus 15 minutinhos
(Andy, 15 minutos é tanto tempo…tem certeza?) de fama e fortuna, a quantidade
de pessoas que se tornam célebres mais pela zueira que envolve seus atos do que
o ato em si para elevá-las torna a balança angular a ponto de quase um raio.
Que não cai duas vezes no mesmo lugar.
E nem todo
mundo nasceu Capitão Marvel pra gritar 'Shazam!' e o raio lhe deixar mais forte.
No reality
show chamado vida, a atenção dos espectadores é consideravelmente menor.
Para
simplificar, estão todos gritando e brilhando ao mesmo tempo.
15 minutos
depois, todos estão murmurando e vestidos de cinza.
“se eles
querem soar diferentes, porque não usam plumas em vez de se vestirem todos
iguais?” disse certa vez Kevin Howland, da gloriosa banda Dexys Midnight
Runners, sobre a ascensão dos punques. Ou da moda punque, caso prefira.
Na internet
tudo dura pra sempre, Andy.
Seja diamante
ou carvão.
Estamos nos
repetindo o tempo todo.
E certo dia
já acordamos falhando.
E já deve
ser a quinta vez nesse ano que acordei com uma ideia supostamente genial,
comecei a trabalhá-la e inicio uma pesquisa no google para perceber que a dita,
praticamente idêntica, em alguma outra parte do mundo que não se chega a pé em
uma caminhada de alguns dias, foi trabalhada, divulgada e vendida com grande
sucesso.
Meu relógio
estava atrasado 15 minutos, Andy.
E ninguém
me avisou.
Por isso,
estou aqui, procurando em sites de vendas um belo despertador.
Quem sabe
um dia eu acorde mais cedo.
E que mitra
me ajude.
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